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A Fifa escreveu para as seleções da Copa do Mundo pedindo que se concentrem no futebol no Catar e não deixem o esporte ser arrastado para “batalhas” ideológicas ou políticas.

A carta do presidente da Fifa, Gianni Infantino, e da secretária-geral da entidade, Fatma Samoura, segue uma série de protestos feitos pelas seleções da Copa do Mundo sobre questões que vão desde direitos LGBTQI+ a preocupações com o tratamento de trabalhadores imigrantes.

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“Por favor, vamos agora focar no futebol!”, disseram Infantino e Samoura na carta às 32 nações que disputam a Copa do Mundo, de acordo com a Sky News. “Sabemos que o futebol não vive em um vácuo e estamos igualmente cientes de que existem muitos desafios e dificuldades de natureza política em todo o mundo. Mas, por favor, não deixem que o futebol seja arrastado para todas as batalhas ideológicas ou políticas que existem.”

presidente da Fifa, Gianni Infantino
presidente da Fifa, Gianni Infantino

A carta do presidente da Fifa, Gianni Infantino (foto), e da secretária-geral da entidade, Fatma Samoura, segue uma série de protestos feitos pelas seleções da Copa do Mundo sobre questões que vão desde direitos LGBTQI+ a preocupações com o tratamento de trabalhadores imigrantes.- Pool via Reuters/Koen Van Weel/Direitos Reservados

A Fifa não comentou imediatamente quando contatada pela Reuters.

A Copa do Mundo, a primeira realizada no Oriente Médio, começa em 20 de novembro.

“Se Gianni Infantino quer que o mundo 'foque no futebol', há uma solução simples: a Fifa pode finalmente começar a abordar as sérias questões de direitos humanos em vez de colocá-las para debaixo do tapete”, afirmou Steve Cockburn, chefe de justiça econômica e social da Anistia Internacional, em comunicado.

A Anistia e outros grupos de direitos humanos lideraram pedidos para que a Fifa indenize trabalhadores imigrantes no Catar por abusos de direitos humanos.

O Catar reconheceu que existem “lacunas” em seu sistema trabalhista, mas que a Copa do Mundo permitiu que o país avançasse nos direitos dos trabalhadores.

(Reportagem adicional de Hritika Sharma em Bengaluru, na Índia)

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