O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) desenvolveu uma nova ferramenta operacional para avaliar o risco de deslizamentos de terra em todo o território brasileiro. Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o centro é o órgão federal responsável por monitorar e alertar as autoridades públicas e a população em geral sobre o perigo iminente de desastres naturais.

O novo sistema computacional desenvolvido pela equipe da Coordenação-Geral de Operação e Modelagem do Cemaden ainda está em fase de uso interno, mas, em breve, seus resultados serão disponibilizados para representantes dos entes que integram o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil e demais instituições envolvidas no planejamento, articulação e coordenação das ações de gerenciamento de riscos e de desastres no território nacional.

Segundo o Cemaden, a ferramenta é capaz de analisar dados e informações de diferentes modelos meteorológicos e dados observacionais que, combinados, apontam o grau de risco (baixo, moderado, alto, muito alto) de deslizamentos de terra em nível regional, em todo o território brasileiro, além de apontar, com antecedência de até 72 horas, a probabilidade de eventuais deslizamentos serem pontuais, esparsos ou generalizados. 

Ainda de acordo com o Cemaden, testes realizados nos dois últimos verões (2020/2021 e 2021/2022) demonstraram que, ao padronizar a análise de múltiplos parâmetros meteorológicos e ambientais, o novo sistema computacional torna mais precisos os boletins que o centro divulga diariamente e que servem de referência para a tomada de decisão de vários órgãos e instituições. 

“Nos últimos três anos, os resultados diários fornecidos pela ferramenta foram testados, comparando as previsões com uma vasta base de dados de ocorrências de deslizamentos, o que permitiu a calibração [da nova ferramenta]. Os resultados indicam um aumento na taxa de detecção de ocorrências de deslizamentos, além de aumentar a chance de acerto de um alerta emitido, quando comparado com a situação anterior”, garantiu o Cemaden, em nota.

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