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A desaceleração da inflação nos Estados Unidos e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição fizeram o dólar iniciar dezembro praticamente estável. No mercado de ações, o clima foi mais pessimista, com a bolsa de valores caindo pela primeira vez após duas altas consecutivas.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (1º) vendido a R$ 5,197, com recuo de apenas 0,09%. A cotação teve um dia volátil, alternando altas e baixas. Na máxima do dia, por volta das 9h30, chegou a encostar em R$ 5,22. Na mínima do dia, perto das 12h, bateu em R$ 5,16.

O mercado de ações teve um dia de perdas. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 110.926 pontos, com queda de 1,39%. As principais quedas ocorreram nas ações de empresas ligadas ao consumo, influenciadas pela desaceleração da economia.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) cresceu 0,4% no terceiro trimestre e acumula expansão de 3,6% em relação ao mesmo período de 2021. Apesar de o desempenho ter ficado acima da expectativa, o indicador mostra desaceleração econômica, provocada principalmente pelos aumentos na taxa Selic (juros básicos da economia), que saltou de 2% ao ano em março de 2021 para 13,75% ao ano atualmente.

Além da divulgação do PIB, o mercado doméstico foi influenciado pelas negociações em torno da PEC da Transição. O texto, que obteve o número mínimo de assinaturas na terça-feira (29) para tramitar no Senado, deverá ser negociado, com a possibilidade de redução do montante fora do teto de gastos e com a excepcionalidade sendo limitada a dois anos. Atualmente, a PEC prevê a retirada de até R$ 198 bilhões do teto por quatro anos.

No exterior, o dólar caiu perante as principais moedas do planeta após a divulgação de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos caiu para 0,3% em outubro. O número aumenta a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) reduza o ritmo de elevação dos juros já na reunião de dezembro.

Nas últimas quatro reuniões, o Fed elevou os juros básicos em 0,75 ponto a cada encontro. Ontem (30), o presidente do órgão, Jerome Powell, tinha indicado que a autoridade monetária norte-americana poderia reduzir o tamanho dos ajustes neste mês. Altas menores dos juros de economias avançadas favorecem países emergentes, como o Brasil.

*Com informações da Reuters

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