Eleitores em toda a França votam neste domingo (10) no primeiro turno de uma eleição presidencial, cuja candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, tem representado ameaça inesperada às esperanças de reeleição do presidente francês, Emmanuel Macron.
Com os eleitores indecisos sendo fundamentais na disputa, que está acirrada, o comparecimento até as 10h (horário local) foi estimado em 25,5%, abaixo dos 28,5% no mesmo período do último pleito, em 2017.
As urnas fecham às 20h, quando serão divulgadas as primeiras pesquisas de boca de urna. Sondagens publicadas antes do fim do período de campanha sugeriram que o resultado mais provável seria um segundo turno entre Macron e Le Pen, em 24 de abril.
Há poucas semanas, as pesquisas de opinião indicavam vitória fácil para o pró-União Europeia, de Macron, de centro, impulsionado por sua diplomacia ativa sobre a Ucrânia, uma forte recuperação econômica e a fraqueza de uma oposição fragmentada.
“Acho que ele é o único hoje que tem coragem de construir a França de amanhã”, disse Armelle Savidan, gerente de recursos humanos, de 47 anos, após votar em Macron em Paris.
Mas a entrada tardia de Macron na campanha, com apenas um grande comício – considerado decepcionante até mesmo pelos seus apoiadores – e seu foco em um plano impopular para aumentar a idade para aposentadoria, prejudicaram as avaliações, juntamente com a inflação acentuada.
Em contraste, a anti-imigração e extrema direita Le Pen, de 53 anos, tem sido impulsionada pelo foco de meses em questões relacionadas ao custo de vida e pela queda no apoio ao seu rival de extrema-direita, Eric Zemmour.
“Somos conhecidos há muito tempo por nossos pontos de vista sobre a imigração, mas o que estamos apresentando agora são os problemas sociais neste país”, disse Steeve Briois, prefeito da cidade de Henin-Beaumont, no Norte da França, pelo partido Frente Nacional, de Le Pen.
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