A prefeitura de São Paulo informou que recebeu do governo do estado a transferência de titularidade do prédio do Hospital Sorocabana, na zona oeste da capital paulista, efetuada na quarta-feira (13). Mais três imóveis que pertenciam ao estado serão destinados a serviços municipais de saúde.

“Com a transferência, a prefeitura poderá realizar intervenções na edificação, modernização do equipamento e ampliar a assistência ofertada. Hoje, dos sete andares do Hospital Sorocabana, estão ocupados apenas o térreo e o primeiro andar do hospital, onde encontram-se em operação 55 leitos de clínica médica”, divulgou o município.

O primeiro passo para a reforma do prédio será a contratação de empresa especializada para desenvolvimento de projeto de adequação do hospital às normas de vigilância sanitária vigentes.

Como o prédio é uma edificação tombada historicamente, segundo informou a prefeitura, somente após a conclusão de estudos técnicos é que serão definidos os serviços e número de leitos possíveis na unidade e, assim, será possível dar início às obras.

Histórico

Havia um imbróglio entre as duas esferas de governos envolvendo o prédio do Sorocabana que estava impedindo o uso integral de suas instalações. O terreno que abriga o hospital pertencia ao governo estadual, mas seu uso tinha sido concedido ao município, inicialmente por um decreto de 2013 e posteriormente atualizado em decreto de 2016, por um prazo de 20 anos. //ift.tt/2JYtPi3

No entanto, a prefeitura afirmava que, como o terreno do Sorocabana pertencia ao estado, ficavam inviabilizados investimentos naquele local, além dos que já tinham sido feitos. Nos dois primeiros pisos do prédio, funcionam equipamentos municipais: uma assistência médica ambulatorial (AMA) desde 2012; um Hospital Dia da Rede Hora Certa – para procedimentos de baixa complexidade – e um centro especializado de reabilitação (CER), desde 2016. No entanto, o restante do edifício estava fechado.

O governo do estado, por sua vez, afirmava que havia sido concedido uso integral da edificação para o município e que, portanto, a questão da reabertura do Hospital Sorocabana dizia respeito à prefeitura.

A comunidade da região da Lapa e o Comitê de Defesa do Hospital Sorocabana têm reivindicado a reabertura do Sorocabana desde o início da pandemia. Em agosto, o município instalou leitos no local para tratamento de pacientes com covid-19.

No entanto, a ação não atendeu à demanda da comunidade, já que os novos leitos foram instalados em áreas reformadas nos dois andares que já estavam em funcionamento. Os andares superiores, objeto da reivindicação de abertura da comunidade local, continuaram fechados. //ift.tt/33L3EX9

Outros imóveis

Os imóveis doados à prefeitura da capital reforçarão o atendimento à rede primária de saúde. O prédio onde funcionava o antigo Núcleo de Gestão Assistencial (NGA) abriga a nova UBS Santa Cruz desde 1º de outubro.

O ambulatório do Hospital Regional Sul, em Santo Amaro, e o estacionamento do Hospital Vila Alpina, na zona leste, vão receber duas novas unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Investimentos

No anúncio feito nesta quarta-feira, também ficou acordado que o governo do estado vai destinar R$ 17 milhões para o Centro Oncológico Bruno Covas, na zona sul da cidade. Além disso, o município receberá R$ 315,5 milhões do programa Mais Santas Casas para apoio financeiro a 20 serviços filantrópicos conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

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