A produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM) chegou a 123.722 unidades em agosto, o que representa 30,2% a mais do que em julho, quando foram produzidas 95.025 unidades. O número é também 25,8% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado (98.358 unidades). 

Esse foi o segundo melhor resultado do ano, ficando atrás apenas de março, quando saíram das linhas de montagem 125.556 motocicletas. Os dados foram divulgados hoje (13) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

No acumulado do ano foram fabricadas 787.610 motocicletas, alta de 33,8% na comparação com o mesmo período de 2020 (588.495 unidades). Segundo a entidade, esse é o melhor resultado para os oito primeiros meses do ano, desde 2015 quando a produção totalizou 913.972 motocicletas.

“Os números comprovam a retomada do setor e o esforço para atender os consumidores. As fabricantes trabalham para atender a demanda do mercado, que segue em alta, especialmente por modelos de entrada e de baixa cilindrada, muito utilizados como instrumentos de trabalho e transporte de baixo custo”, disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

Acrescentou que o setor está reagindo. “A motocicleta é mais barata, tem baixo custo de manutenção e permite deslocamentos mais rápidos na comparação com os carros. Aliado a isso, a alta dos combustíveis está levando muitas pessoas a preferirem o guidão. Estamos atentos, pois a alta dos juros, o aumento da inflação e a explosão dos preços também poderão afetar o setor”, afirmou.

Queda no licenciamento

O levantamento aponta, ainda, que o licenciamento em agosto chegou a 102.463 motocicletas, correspondendo a uma queda de 9,0% na comparação com julho (112.538 unidades). O recuo já era esperado por causa das férias coletivas de julho, o que reduziu a oferta de motocicletas no mercado. 

Na comparação com agosto de 2020, quando foram emplacadas 95.961 motocicletas, houve alta de 6,8%. De janeiro a agosto, foram emplacadas 732.155 motocicletas, representando aumento 37,8% na comparação com as 531.250 registradas no mesmo período de 2020.

De acordo com os dados, a média diária de vendas em agosto, que teve 22 dias úteis, foi de 4.657 motocicletas, 9% inferior ao do mês anterior, que contou com o mesmo número de dias úteis (5.115 unidades por dia). Na comparação com agosto do ano passado, que também teve 22 dias úteis, houve alta de 6,8% (4.362 motocicletas por dia).

A categoria mais vendida, com 50.392 unidades, foi a Street. Esse volume corresponde a 49,2% do total do mercado. Em segundo lugar, ficou a Trail (20.207 unidades e 19,7% do mercado), seguida pela Motoneta (14.073 unidades e 13,7%).

As exportações caíram 7% em agosto, com o embarque de 5.607 unidades ante as 6.026 de julho. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado houve alta de 8,5% (5.167 unidades). Os Estados Unidos foram o principal mercado, com 1.924 motocicletas e 29,7% do volume total exportado. Em segundo lugar, ficou a Argentina (1.876 unidades e 29% do volume exportado), seguida pela Colômbia (1.512 motocicletas e 23,4%).

No acumulado do ano, as exportações somaram 37.893 unidades, alta de 88% na comparação com o mesmo período de 2020 (20.157 motocicletas), sendo o principal destino a Argentina, que recebeu 11.321 motocicletas, o que corresponde a 29,6% das exportações. Na sequência vieram a Colômbia (8.551 unidades e 22,3% do total exportado) e os Estados Unidos (8.494 motocicletas e 22,2%).

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